A pandemia de deficiência de zinco, movimentar-se (ginástica, musculação), estatinas, teoria da conspiração e geladeira lotada
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Aqui eu falo que deficiência de zinco é uma pandemia real. Essa pesquisa científica é de um grupo de pesquisadores que investiga deficiência de micronutrientes e relação com doenças crônicas.
O comentário do tweet citado mostra como deficiência de zinco pode até aumentar a glicemia de jejum, importante parâmetro de controle em pacientes diabéticos e pré-diabéticos (na verdade, importante para todos nós).
Mas a principal lição de pesquisas como essa é que a população mundial vive sob um estilo de alimentação que provoca essas deficiências de nutrientes importantes, como o zinco, folato e até ferro (embora, este, o ferro, também tenha o outro lado, muita gente tem em excesso). Por isso é importante otimizar todos os micronutrientes e vitaminas, porque não os obtemos suficientemente numa dieta industrializada e vinda de solos empobrecidos. É isso que fazemos também no consultório, prescrevendo suplementos e vitaminas de acordo com a necessidade de cada um no momento.

Passei este ano a ir à academia de ginástica, fazer musculação, todos os dias. A diferença para a saúde e para a mente, o espírito, é enorme. Quando você trabalha o corpo, trabalha também o emocional e toda a saúde.
Atividade física, ou movimento, é um dos fundamentos da saúde. Eu já fui mais radical e da opinião de que o que precisávamos para nos movimentar era apenas trabalhar e andar na natureza, como faziam nossos ancestrais, que na época não tinham academia de ginástica.
Porém, agora, da mesma forma que sei que só uma alimentação não basta para uma boa nutrição, devido à pobreza de nossos solos, pesticidas, remédios dados aos animais, etc., sei também que não temos um trabalho que exija o suficiente do corpo, não movimentamos nossos músculos o necessário no dia a dia e não temos, assim, uma natureza sempre perto de nós. Por isso é necessário, a meu ver hoje, ir à academia todo dia. Converse com seu médico sobre isso antes.
Quanto ao comentário sobre “academia intelectual”, quis dizer que muitas faculdades e universidades, cá entre nós, não estão assim cuidando tão bem da inteligência das pessoas. Estão se envolvendo em algumas “burrices”, como deixar politicagem e ideologias suplantarem a liberdade de expressão, o raciocínio crítico e as nuances de interpretação dos fatos. É uma pena, mas parece que se está fazendo a opção pelo pior. Se você entende inglês, este artigo explica bem isso:
Este é um assombro meu diante de uma pesquisa publicada em 2015 sobre uso de estatinas (sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina, etc.) e o quanto elas realmente beneficiam a sobrevivência de pacientes.


Existem também pesquisas que mostram benefício das estatinas em casos específicos de pacientes com doença genética dos lípides ou que já tiveram problemas de aterosclerose; porém, a situação científica ainda é dúbia e, devido a efeitos colaterais de médio e longo prazo também conhecidos, se for possível manter os níveis de colesterol e triglicérides por meio de melhora de alimentação e estilo de vida, muito melhor.
Muitas vezes, remédios não são a única solução disponível em problemas crônicos de saúde.
Não deixe de tomar os remédios que seu médico prescreveu, mas sempre converse com ele sobre otimização da medicação e possível diminuição de doses e substâncias que toma.


Neste sábado, o Twitter do jornalista Matt Taibbi publicou mais um #twitterfiles, investigação sobre absurdos cometidos pelo Twitter na era pré-Elon Musk.
O assunto agora foi como um projeto da universidade de Stanford, o governo norte-americano e o próprio Twitter conspiraram para suprimir o debate público de fatos, evidências e opiniões profissionais durante os anos de pandemia. Realmente, um grande conluio para combater a liberdade de expressão, que é um dos pilares da verdadeira democracia.
Essa conspiração não é teoria. É fato.
Infelizmente, até no Brasil, estivemos sujeitos a esse tipo de supressão de informações. Muito possivelmente, isso prejudicou inclusive as decisões de políticas de saúde e o raciocínio médico nesse período. Triste.
Qual a primeira palavra que vêm à sua mente quando você vê isso aí em cima?
Eu respondi: doença. Sim, quase só produto industrializado. Será essa a alimentação que a natureza programou para nós?
Grande abraço e bom fim de semana!