Neste artigo tem uma notícia-bomba: A principal revista científica do mundo publicou estudo, há uma semana, dizendo que uma vitamina reduz muito a mortalidade daquela doença “pandêmica”. Leia lá no fim.
Mas, em primeiro lugar, uma pergunta:
Sendo bem sincero, o ser humano não foi projetado para tomar vitaminas em cápsulas ou de farmácia.
Mas, para obter constantemente da alimentação e estilo de vida, sim!
Nosso corpo precisa de uma série de vitaminas, minerais, substâncias naturais e água para sobreviver e para viver com saúde. A própria palavra “vitamina” vem da ideia de substância vital. E são mesmo: sem elas a vida não é possível, elas são necessárias para o metabolismo básico do nosso corpo. Sem elas, ficamos literalmente doentes, perdemos a saúde e podemos perder a vida.
Só tome cuidado com uma coisa: assim como em tudo que se relaciona com linguagem e palavras, há algumas poucas substâncias que são chamadas erradamente de vitaminas por aí, algumas delas não recomendáveis. Mas ainda são raras (não cito aqui para não ajudar a popularizar algo que não é bom). Por isso é importante consultar um médico experiente, para suplementar corretamente.
Por exemplo, falando das vitaminas verdadeiras, uma pessoa que só come bolacha ou pão e refrigerante, por exemplo, não obterá de jeito algum as vitaminas e minerais necessários para o seu corpo funcionar bem. Uma pessoa que nunca come verduras também não. Sei que existem muitas assim, e bem vivas; porém, elas terão um corpo menos resistente a doenças e, provavelmente, desenvolverão as doenças crônicas debilitantes ou morrerão mais cedo. Porque o corpo delas não recebeu os nutrientes necessários durante a vida.

Bom, onde quero chegar? Quero explicar a você que, hoje em dia, a maioria das pessoas, infelizmente, precisa de alguma suplementação de vitamina (embora a notícia oficial da velha mídia seja que não, mas já sabemos, nela, que o debate de opiniões diversas é suprimido e você não fica realmente informado para tomar suas decisões). Isso acontece, essa necessidade de vitaminas via suplementação, porque nossa dieta é hoje muito pobre em concentração, ou densidade, de nutrientes.
Motivos disso:
Má escolha dos alimentos (e bebidas) pelas pessoas, que dão preferência a produtos industrializados, tanto em casa quanto em restaurantes
Solos agrícolas empobrecidos pelo uso intensivo, principalmente por monoculturas
Uso de agrotóxicos, deixando as plantas “mimadas” e com baixa resistência natural, com menos nutrientes (sem falar da toxicidade deles)
Mesmo as carnes vêm de animais criados de forma não natural, com ração também não orgânica
Distância entre local de produção e consumo, que também compromete a qualidade do alimento
Outros
A alimentação que ajudou a desenvolver a humanidade por milhões de anos não existe mais. No lugar, temos produtos processados e industrializados, já desde a plantação ou criação. É natural que, assim, não obtenhamos as vitaminas e minerais necessários para o corpo funcionar plenamente bem (não é para apenas sobreviver, é para funcionar de modo ótimo).
“Ah, mas a TV ou aquele médico disseram que vitamina é gasto inútil!” Bem, já falei sobre isso e, se você quiser entender melhor por que não é verdade, é só ler este artigo:
A revista Nature desmentindo a velha mídia e “especialistas” de TV


Um bom exemplo desse tipo de má informação que a velha mídia e muita gente promovem é revelado pelo artigo que saiu nesta semana na principal revista científica do mundo, a Nature.
Esse artigo, fiquem pasmados, fala que vitamina D3 reduz em 33% a mortalidade de Covid nos primeiros 30 dias. E ela atua melhor, principalmente, naqueles pacientes que têm vitamina D muito baixa, entre 0 e 19 ng/ml. E existem muitas pessoas assim! A gente vê na prática.
Mas a velha mídia e muitas vozes oficiais da “ciência” falaram o tempo todo que vitamina D não servia para nada na pandemia! Era só fake news e coisa de genocida.
Mas, aí, vem a revista Nature, neste dia 12 de novembro, e publica o estudo que desmente a velha mídia e esses especialistas.

Esta é a conclusão do estudo; traduzirei para você:
“Among VA patients, vitamin D3 and vitamin D2 supplementation reduced the associated risk of COVID-19 infection by 20% and 28%, and COVID-19 infection ending in death within 30-days by 33% and 25%.”
Entre veteranos (militares), suplementação com vitamina D3 e vitamina D2 reduziram o risco associado de infecção por Covid-19 em 20% e 28%, e a infecção por Covid-19 resultando em morte em 30 dias em 33% e 25%.
Nem preciso comentar essa parte. Continuando…
“Black veterans receiving supplementation had a larger associated reduction than whites, although both were statistically significant, and the difference was not accounted for by differences in vitamin D serum levels.”
Os veteranos negros que receberam a suplementação tiveram redução maior (em infecção e mortes) que os brancos, mas ambos os grupos tiveram redução significativa e a diferença não foi devido a diferença de níveis de vitamina D.
Acontece que pessoas de pele mais escura têm maior proteção da melanina contra efeitos deletérios da exposição solar, enquanto os de pele mais clara produzem mais vitamina D devido à falta dessa proteção. É um dado evolutivo que se relaciona com a migração de populações humanas em direção a zonas de maior latitude (mais longe da linha do equador). Essas populações que migraram perderam a melanina justamente (é uma hipótese científica) para poderem produzir vitamina D em regiões onde a incidência da luz solar é mais fraca, como na Europa; e, possivelmente, elas aproveitam também melhor a vitamina D de que dispõem. Por isso, pessoas de pele com mais melanina precisam estar ainda mais atentas à suplementação de vitamina D.
“Patients with low vitamin D levels at baseline benefited more from supplementation than patients with higher serum levels. Finally, patients receiving higher cumulative dosages and higher average daily dosages had a greater associated reduction in COVID-19 infection rates than patients receiving lower dosages conditional on similar vitamin D serum levels. The most substantial dose–response relation was found in patients with the lowest vitamin D serum levels.”
Pacientes com baixos níveis de vitamina D iniciais se beneficiaram mais da suplementação que pacientes com nível mais alto.
Óbvio.
Por fim, pacientes recebendo doses cumulativas mais altas e doses diárias mais altas tiveram maior redução de infecção por Covid-19 do que pacientes recebendo doses menores. A mais substancial resposta proporcional à dose foi encontrada nos pacientes com mais baixos níveis de vitamina D.
Aqui, veja a importância da questão da dose, que mencionamos no artigo acima (“Vitaminas são inúteis?”). E também a importância de checar os níveis de vitamina D com seu médico.
E eles concluem assim:
“As a widely available, inexpensive, and safe treatment, vitamin D3 could be a helpful tool for reducing the spread of COVID-19 infection and related mortality and reducing racial disparities in COVID-19 outcomes. Our findings are especially relevant to the US population, given that about half of Americans are estimated to have sub-optimal vitamin D serum levels.”
Como um largamente disponível, barato e seguro tratamento, vitamina D3 poderia ser um instrumento de ajuda para reduzir a transmissão da infecção de Covid-19 e a mortalidade relacionada; e para reduzir as disparidades raciais em relação aos resultados da Covid-19. Nossos achados são especialmente relevantes para a população dos Estados Unidos, dado que aproximadamente metade dela tem níveis subótimos de vitamina D.
No Brasil não é diferente. Testo em praticamente todos os pacientes e são raros os que têm bons níveis antes de suplementar.
A incrível situação politizada em que a saúde se meteu
Agora, preste atenção.
Por que, mesmo com tantos médicos falando sobre vitamina D desde o começo da pandemia, inclusive eu, a população em geral não pode se beneficiar dessa vitamina tão barata, que poderia ter sido usada em larga escala pelas pessoas?
Porque não só esta, mas várias outras formas opcionais de prevenção e tratamento, muitas delas naturais (inclusive simplesmente tomar sol, que foi também reprimida, com praias e parques fechados) e com praticamente zero toxicidade, se bem administradas, foram suprimidas, bloqueadas, canceladas. Devido à politização da crise da pandemia. E com descarada ajuda e participação da velha mídia. Não era preciso esperar sair um artigo na Nature para fazer isso.
Ah, e mesmo esse artigo tendo saído, você provavelmente não irá também ver agora isso na velha mídia ou nos meios médicos “oficiais”, porque ainda o discurso público está contaminado pela politização do problema, pelo uso da pandemia para fins, interesses e desejos políticos e medos de ir contra essa narrativa politizada. Infelizmente, essa é a situação até agora.
Não era preciso sair artigo da Nature para que médicos pudessem usar e promover o uso da vitamina D, como muitos fizeram, inclusive eu, que assinei um documento internacional falando isso, já há dois anos. (Meu nome está lá no meio de outros médicos e cientistas.) Não era preciso sair artigo em grande revista, porque médicos e cientistas que já conheciam o poder da vitamina D e seu efeito na prática clínica já sabiam há muito tempo que a resistência do corpo a diversas doenças e desequilíbrios de saúde melhoram quando se melhoram os níveis dela. Simples, provado na prática clínica, que é a forma como se realiza a imensa maioria das intervenções médicas, com base na experiência e no juízo clínico diante de cada paciente. Além da experiência clínica, porém, também já existiam inúmeras outras pesquisas mostrando o poder da vitamina D. Mas…
Por razões políticas e, possivelmente, interesses econômicos fortes também, o raciocínio clínico do médico foi desencorajado, a autonomia do paciente em obter informações e escolher o que fazer com sua saúde foi relegada a segundo plano, o debate público profissional foi censurado. E outras barbaridades mais. Sinceramente, lembre-se sempre de que a verdade nunca, historicamente, esteve do lado de quem censura.
Não sei se esse artigo acima da “Nature”, sobre o papel da vitamina D contra a Covid-19, ficará no ar muito tempo. Já houve outros que foram retirados com as mais diversas e falsas desculpas, pois vão contra a narrativa oficial de que não havia nada a fazer além de ficar em casa e esperar um produto novo da indústria farmacêutica. Espera-se que uma revista como a “Nature” tenha um sistema de revisão ótimo também. Mas as pressões políticas podem falar mais alto… (Inclusive essas grandes revistas interferiram nas eleições no Brasil e, paradoxalmente, diante desse artigo, contra alguém que quis discutir a vitamina D lá no começo, mas foi calado e cancelado também. Lembra?)
É isso aí. É nesse ponto em que estamos no mundo (é preciso analisar bem as informações da mídia de massa). Mas sempre otimistas de que cada vez mais pessoas estão acordando para as mentiras em muitas áreas de nossa vida.
Grande abraço e bom fim de semana!